Apesar de Fernando Santos não ter vencido qualquer troféu, o presidente Luís Filipe Vieira apostou na continuidade do treinador à frente da equipa, visto que o trabalho do técnico tinha apresentado alguns resultados promissores.
Porém, o plantel sofreu alterações significativas.
Apesar da continuidade de Quim, chegou para a baliza um guarda-redes mundialmente famoso, Butt. Moretto era dispensado.
A defesa também apresentou mudanças. As saídas de Anderson, Ricardo Rocha e Alcides foram substituídas pelas entradas de Luís Filipe, Zoro e Edcarlos. Nenhum dos jogadores contratados esteve à altura dos jogadores que abandonaram o clube. Luisão, David Luíz, Nélson e Léo mostraram ser as opções mais válidas.
No meio-campo deu-se a incompreensível saída de dois jogadores: Nuno Assis e Karagounis. Para reforçar o meio-terreno chegaram os uruguaios Maxi Pereira e Cristian Rodriguez. Desde logo se percebeu que Rodriguez era um jogador de elevada categoria, mostrando Maxi que a sua polivalência seria muito útil. Com a manutenção de Petit, Katsouranis e Rui Costa, o meio-terreno do Benfica prometia uma boa época, apesar das inesperadas saídas dos jogadores referidos.
Na frente de ataque, o Benfica perdeu a sua estrela-maior Simão Sabrosa, assim como o admirável Fabrizio Miccoli. Das Américas, chegaram 3 jovens pouco conscientes do futebol europeu: Di Maria, Cardozo e Adu. Nenhum deles, naquele momento, poderia substituir Simão ou Miccoli. Mesmo a contratação de Makukula, por uma quantia exorbitante, não beneficiou o ataque que ainda tinha Nuno Gomes e a promessa de marketing Yu Dabao.
A qualidade individual da equipa era bastante mais fraca que a da época anterior. Fernando Santos sentiu isso mesmo logo na primeira jornada, altura em que foi dispensado. Para o seu lugar chegou o sebastiânico José António Camacho. O espanhol amado pela maioria dos benfiquistas também não conseguiu melhorar o desempenho da equipa, demitindo-se ainda antes do fim do campeonato. Fernando Chalana pegou na equipa e levou-a a uma desastrosa eliminação da Taça de Portugal.
No final, o Benfica, uma vez mais, nada conquistou. Dos inúmeros reforços que vestiram a camisola encarnada, apenas Di Maria e Cardozo prometiam algo mais. Simão, Miccoli, Ricardo Rocha, Anderson, Karagounis e Nuno Assis, ao longo da época, eram invocados pelos adeptos com uma aguda saudade.
Fernando Santos, tal como Camacho e Chalana, foi uma vítima de uma má gestão desportiva e financeira, feita na pré-época. Um desastroso 4º lugar na liga carimbou tal tese.